sexta-feira, novembro 03, 2006

Auto-tristeza

Triste é estar a alcançar
E não conseguir.
É entender porque se sobe
E só cair.

É bastar a ideia
E não a regra.
É, de tudo, tentar apenas
O que não alegra.

É invadir o sonho fortuito
De almas e tentações e objectivos.
É, querendo agarrar, deixar fugir

O peso pesado que pesa nos vivos.

11 comentários:

Anónimo disse...

Voltei. Desculpe a ausência, sim?!? a net no Hospital é muuuiiitootootto lenta e éra preciso tempo para lá ir.
Vou ler as ultimas!

Anónimo disse...

então Calvin???
Bolas estás triste rapaz!
Anima-te vêm aí as castanhas!
(Não sei bem o que é que isso pode trazer de animador, mas há quem goste).
Olha, nem vou corrigir... deixo-te um erito ou outro para que te sintas... em TI novamente, pode ser?
bjs...

Calvin disse...

Diabo...estás num hospital e vais ler as últimas...estás bem?;)

Ainda por cima, com tanto erro, sinto-me mal a apontar...é como meter uma criança numa piscina de pipocas...:)

A coisa boa das castanhas é que servem de justificação para a água pé!:)

Mar disse...

Não sei se nascemos tristes ou se aprendemos a sê-lo. A vida pouco ou nada nos traz de felicidade. Vamos aguentando até conseguirmos. Eu não sei até quando vou aguentar esse peso, tão pesado.

Calvin disse...

Mar,

A Vida é a única coisa que nos pode trazer Felicidade. Não se consegue nadar sem água, nem respirar sem ar, nem ser feliz sem vida.

No entanto, a tristeza também faz parte desta "coisa de estar vivo". E, muitas vezes, fica-se triste com a frustração, com a incapacidade de se conseguir algo. De se deixar fugir, de se ser menor do que as ideias, de se ser maior que os actos. E ficamos tristes por isso...e qual o problema?

Estar triste e ser triste são coisas diversas. O mesmo "peso pesado que pesa nos vivos" existe na felicidade que se quer agarrar.

Tenhamos a força de reinvidicar as nossas tristezas com o mesmo orgulho que reinvindicamos as alegrias...

Um sorriso;)

Rafeiro Perfumado disse...

Triste? Com os hectolitros de água-pé que bebeste lá na casota? Até me admiro como é que conseguiste voltar a dar com o teu blog...

Irritadinha disse...

É preciso encarar as tristezas de frente, sem medos e assim eliminá-las, se possivel. O tempo chuvoso tem os seus efeitos...

Beijo

Anónimo disse...

Tristeza? Conheço-a. É uma amante de quem abuso quando preciso sentir-me vivo. Quando estou triste chamo-a, coloca-me tudo à flor da pele, faz-me sentir com mais força, quase cheiro a musica e balanço o corpo e as mãos em gesto de expressão. Em privado, claro.

Depois enxoto-a, vai-te que me cansas, estou bem e quero ver os meus amigos.

Atrevidamente, vou citar e alterar a meu gosto uma fala de uma musica de que gosto:

"The dreams in which I'm dying are the best I've ever had".

Prefiro esta (minha) versão, digam-me se não:

"The dreams from which I'm dying are the best I've ever had".

Os sonhos nos quais me consumo são os melhores.

Calvin, neste blog assino anónimo. Sou mais eu assim na sombra.

Lyra disse...

Embora a tristeza faça parte do que somos, qual nuvem que encobre o sol (ou as estrelas), deixo-te um sorriso :)
Gostei de me perder no teu blog.
Bjos*

Diana disse...

e há coisas que não se deviam deixar fugir... deviam ser agarradas e puxadas...deviamos aprender a puxar mais a alegria e afastar a tristeza.. :) belo poema*

Catraia_Sofia disse...

Gostei do que li.
Vou ver se volto para ler mais