domingo, outubro 15, 2006

Despojos do Mar


Morre uma onda na praia,
Como um cadáver da espuma dos dias.
E uma pegada minha na areia desmaia
Num mar já morto de filosofias.

E enquanto uma onda não vem
Com orgulho morrer devagar,
Mais uma pegada na vida traço
Nas areias em que vou caminhar.

Do tempo que passa, a memória fica
Da espuma que fica, sente-se só o borbulhar
As conchas e as algas são a herança rica
Que ao desbarato se ganha nos despojos do mar.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pronto, não tem nada a ver com o poema (mas é tão difícil conseguir comentar aqui... abre janela, fecha janela, carrega no F5 e, com sorte, os comentários ficam a funcionar!)

Eu queria mesmo era dizer: PARABÉNS! Pelo melhor comentário de sempre ali no Perguntar não Ofende!

Já me estava a rir da pergunta. Quando li aquela resposta...

Beijos.

Calvin disse...

Alice, não sei como melhorar a performance, que é como quem diz em lusitano "desempenho", desta caixa de comentários...
Suponho que é uma daquelas coisas do demo...

Ah! E obrigado pelo comentário...de facto, a pergunta pedia:)